sábado, 27 de março de 2010

- L ...Você sabe muito bem que eu te pedi em namoro pessoalmente.
- L Eu pedi a sua mão em casamento.
- L Eu disse que estava apaixonada.
- L E você nem me deu resposta pra esse monte de perguntas
- L Sabia?
- L Foi um trauma...
- M “Meu”, não se pode sumir e aparecer do nada querendo se casar.
- L Pode sim, eu nunca deixei de querer. Então qual o problema, hein?
- M O problema é que relacionamentos são construídos.
- M Isso leva tempo.
- M E seu tivesse aceitado o seu pedido? O que teria mudado?
- M Hein? Hein? Hein?
- L Ah, você me deixaria mais segura, oras!
- L Porque gostar de você eu já gostava mesmo. Entendeu?
- M Humm, quando a gente é mais novinho fica verde de paixão.
- M Depois... parece que não é assim tão importante.
- M É, e depois?
- L Estamos nessa fase dos mais novinhos, de ficar verde de paixão? (risos)
- L Ah, eu sei o que eu quero, claro!
- M Então me conta
- L Ué, eu vou esperar o dia da minha vida em que me perguntarei se me casar com você foi a melhor escolha.
- L E dentro dessa vida coletiva-familiar-matrimonial, eu vou me encontrar, e vou fazer com que as nossas festinhas sejam ótimas também, porque até lá você já terá aprendido a tocar violão.
- L E vou aprender a preparar uns pratos diferentes pra receber os seus amigos...e os meus também...
- L Tomara que eles passem o final de semana inteiro.
- L Quem sabe as férias inteira... adoro casa cheia!
- L Ainda que seja um apartamento, no meio dessa selva de pedra mesmo.
- M Simples assim?
- M Livia, Livia...o buraco deve ser mais embaixo

"Ele sugeriu que ela tentasse relaxar. Ao que ouviu em resposta que havia uma parte dela que ficava de fora, distanciada, assistindo a tudo. E acrescentou, ainda, que era uma parte que não conseguia se entregar..." (Luís Fernando Veríssimo)

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