sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Boemia


E se tiver boa música então...

Sou boêmia sim.
Pois em cada copo de cerveja seguido de pupilas dilatadas, meu olhar desabrocha para a clausura.
E em cada pitada dessa nicotina mortal, reservo minhas marcas nesse espaço que meu dinheiro comprou, rales jóia disputada... o triunfo, a vitória
E minhas palavras seguem sem serem ouvidas, na boemia achei platéia.
Ofusco a realidade para desvendá-la logo mais, não tenho pressa, não como quente.
Pois que pós-graduação da vida são poucos que fazem, muitos nem concluíram o ensino básico de uma sociedade cada vez mais letrada... a prova não prova nada.
E se sentada na mesa de um bar falo coisas sem sentido é por que converso comigo, quem mais me ouviria sem adicionais noturnos? Tudo nessa vida tem um preço!
Impressão sua se lhe pareço amarga, prefiro lhe parecer poética demais, excêntrica demais, senhora absoluta dos meus devaneios.
Se, contudo, você não me entende, puxa uma cadeira, encha o copo de cevada, aceita um trago desse cigarro barato... e não diga nada.

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