sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Começa a haver...

Começa a haver qualquer coisa de exposição exacerbada que outrora, me assustava.
Começa a haver um pouco do narcisismo necessário à sem “graceza” do Ser simplório.
Eu sento no alvo que miras, e deixo que me dispa inteira, com seu olhar maledicente e malicioso, por não entender o que eu quis dizer com “me devora”.
Eu suplico a sua crítica que me difama, sua fala que me mistifica e sua língua que me profana.
Eu ofereço o meu assento preferido, meu querido, meu algoz. Deixo que puxe desvairado, os meus cabelos, para ver solta as minhas palavras, para que as coma, para que as tenha... são suas.
Está aí meu corpo em praça pública, mas dentre tantos olhares acusadores eu pude encontrar o seu: latente, queimando, procurando, encontrando... minhas palavras.
E se eu me for, o que será dos seus ouvidos sem minhas falas sussurradas? O que será do seu caminho sem minha paixão descontrolada?
Sirva-se da minha confusão e se envaideça. Isso me inspira, pobre intruso.
Sente-se nessa cadeira e me analise. Isso me intriga, pobre menino. E quanto mais de mim souber, mais estreita tornaremos essa loucura.
Isso, isso é poesia!

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